OXI

Imerso na velocidade maquínica deste tempo, intuo o acontecimento por de trás de um pequeno sintoma: de repente, o logaritmo sugere “A Odisseia”. A máquina segue a tendência & esta é a re-criação – ou mesmo a destruição – da própria máquina que organiza o funcionamento desta. O passado – sobreposto ao presente – não se repete, mas ao tocá-lo diferencia este & a si próprio, abrindo a precisa fissura para a travessia da criação, para a passagem de virtualidades radicalmente democráticas que proliferam sob a concretude aparente e aparentemente imutável do capitalismo. A superficialidade sólida deste oculta a corrosão lenta de suas estruturas & a vida que aí resiste pronta para, dos escombros da modernidade, apresentar-se como a invenção imanente de se viver de modos diferentes deste modo único que (sobre-) vivemos.